Em 1983, a Associação Americana de Enfermagem estabeleceu os Padrões da Prática de Enfermagem em Emergência. Para isso, classificou os enfermeiros de emergência em três níveis de competência: no primeiro nível é necessário uma competência mínima para o enfermeiro atender um paciente traumatizado; no segundo nível, ele deve ter formação específica em enfermagem de emergência e, no terceiro nível, esse enfermeiro deve ser especialista em área bem delimitada e atuar no âmbito pré e intra-hospitalar — de acordo com o artigo de Marco Paulo Valeriano de Brito para a rede de hospitais federais do Rio de Janeiro.
Ao descrever as atividades da enfermagem na unidade de emergência, o enfermeiro-sanitarista e especialista em Gestão em Saúde, Marco Brito, relaciona as principais atividades assistenciais exercidas pelo enfermeiro:
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Elabora, implementa e supervisiona em conjunto com a equipe médica e multidisciplinar, o Protocolo de Atenção em Emergências nas bases do acolhimento, pré-atendimento, regulação dos fluxos e humanização do cuidado;
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Presta o cuidado ao paciente juntamente com o médico;
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Prepara e ministra medicamentos;
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Viabiliza a execução de exames complementares necessários à diagnose;
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Instala sondas nasogástricas, nasoenterais e vesicais em pacientes;
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Realiza troca de traqueotomia e punção venosa com cateter;
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Efetua curativos de maior complexidade;
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Prepara instrumentos para intubação, aspiração, monitoramento cardíaco e desfibrilação, auxiliando a equipe médica na execução dos procedimentos diversos;
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Realiza o controle dos sinais vitais;
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Executa a consulta de enfermagem, diagnóstico, plano de cuidados, terapêutica em enfermagem e evolução dos pacientes registrando no prontuário;
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Administra, coordena, qualifica e supervisionam todo o cuidado ao paciente, o serviço de enfermagem em emergência e a equipe de enfermagem sob sua gerência. Em síntese, diz Marco Brito que “o papel do enfermeiro na unidade de emergência consiste em obter a história do paciente, fazer exame físico, executar tratamento, aconselhando e ensinando a manutenção da saúde e orientando os enfermos para uma continuidade do tratamento e medidas vitais".
Os autores do artigo sobre A Atuação do Enfermeiro no Sistema de Acolhimento e Classificação de Risco nos Serviços de Saúde, concordam que “o trabalho do enfermeiro nas unidades de saúde é de extrema importância na construção do cuidado, garantindo a segurança, a tranquilidade e a satisfação para todos os usuários”.
Os pesquisadores ressaltam ainda que o trabalho do enfermeiro “está amparado, de forma legal e científica, para realizar a tomada de decisão acerca do acolhimento com classificação de risco daqueles que buscam por atendimento nos serviços de saúde”.
Souza e Chagas mostram no estudo sobre O papel do enfermeiro no atendimento de urgência e emergência que o trabalho dos profissionais de enfermagem na Urgência e Emergência é bem mais completo e abrangente do que se imaginava.
“Os resultados demonstraram que a atuação do enfermeiro na Urgência e Emergência ultrapassa as dimensões do cuidado prestado diretamente ao paciente, pois suas práticas também envolvem ações de gerenciamento, avaliação, acolhimento e capacitação de recursos humanos” — diz os estudiosos que concluem destacando a importância de que os enfermeiros tenham consciência do seu papel crucial na prestação de um cuidado de qualidade e integral aos pacientes.
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